Errado! Veja os 5 motivos pelos quais a Barca da ROTA é o seu carro, aquele que você sempre sonhou em ter na sua vida!
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1) PINTURA
– Você deve estar pensando: “Eu jamais compraria um carro pintado de cinza-escuro. Sem a menor chance!!!”. Calma, preste mais atenção, há um detalhe na pintura que faz toda diferença: Em cada uma das portas dianteiras está estampada uma enorme flecha branca apontada para uma estrela. Esse flecha é o “R” estilizado de ROTA
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De repente a cor cinza-escuro ficou bem legal né? Não existe carro mais charmoso e que ao mesmo tempo imponha tanto respeito como esse. Sair na rua pilotando com esse “R” pintado na porta já é motivo suficiente para esse ser o seu carro definitivo. Mas tem mais.
2) OPCIONAIS
– Esse é um dos pontos mais legais! Dentro da “Barca” tem um monte de coisas bacanas que nenhum outro veículo oferece: rifles de assalto, metralhadoras e escopetas, tudo legalizado, funcionando e municiado! Sério, em qual concessionária você vai achar um carro com esses opcionais? É verdade que para ter acesso a estes equipamentos, você precisa ter anos de treinamento e fazer parte da restrita irmandade dos 800 Policiais de ROTA da Polícia Militar paulista.
3) ESPAÇO PARA PASSAGEIROS DESEJADOS E INDESEJADOS
– Junto com a viatura de ROTA você ganha de presente três amigos que são firmeza total, aquele tipo de amizade incondicional que é para a vida toda. Sempre que você entrar na “Barca”, os três caras vão estar lá para te apoiar, defender, proteger e, se preciso, dar a vida por você sem hesitar. E como bônus, o carro ainda dispõe de um bom espaço no porta-malas para acomodar os indivíduos algemados que você identifica como infratores da lei!
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4) CURSO DE PILOTAGEM
– Se você conseguir o dificílimo privilégio de poder usar essa viatura, ganha de graça cursos de treinamento de pilotagem tão sofisticados e eficazes, que fazem com que você transforme a “Barca” numa seríssima e eficaz máquina, com desempenho digno do filme “Velozes e Furiosos”, ou para os mais chegados em vídeo games, nos bólidos do GTA!
5) ESPELHO, ESPELHO MEU…
– O quinto motivo para você querer ter esse carro, possui um apelo muito potente: dentro de uma viatura de ROTA, qualquer um fica bonito. Até você.
Como estimular um aluno
Há alguns dias tive a sorte de ser convidado pelo Comandante Interino do Primeiro Batalhão de Polícia de Choque “Tobias de Aguiar”, Major PM Cassio Araújo de Freitas, para passar um dia inteiro interagindo com uma “Barca” (apelido que os Polícias de ROTA dão para suas viaturas), durante um treinamento de Direção Policial ministrado por PMs de Rondas Ostensivas, especializados em várias modalidades de pilotagem.
A ligação destes homens com suas viaturas é tão intensa que a “Barca” não é considerada um meio de transporte e sim parte integral do equipamento tático usado para o perfeito desempenho da missão. Cada equipe de quatro Policiais usa sempre o mesmo carro e diariamente, antes de sair em patrulha, a limpam de tal forma que seu visual fica como se tivesse sido entregue pela fábrica naquele momento.
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O curso de Direção Policial aconteceu numa pista de aviação secundária da Força Aérea Brasileira (FAB) na Base Aérea do Campo de Marte, no centro de São Paulo. A FAB disponibiliza com frequência suas dependências para esse tipo de treinamento da Polícia Militar, já que a pista, temporariamente desativada, proporciona um ambiente seguro e controlado, em função de seu comprimento, largura e das grandes áreas de escape, além de infraestrutura de socorro, em caso de necessidade.
Já participei de cursos especializados de pilotagem, todos sempre envolveram um alto grau de adrenalina, mas nada, (e enfatizo a palavra “nada”) se compara a ser aluno dentro de uma viatura operacional de ROTA. Como se isso não fosse suficientemente intimidador, meu instrutor ostentava os dois símbolos exclusivos dos Policiais de ROTA, usados apenas em missões de patrulha: a boina negra e o emblemático Braçal com o escudo do Batalhão Tobias de Aguiar e as quatro letras metálicas e douradas.
Para piorar, naquele dia estava chovendo e todas as manobras seriam feitas no asfalto molhado. Finalizando esse quadro de alta adrenalina, meu instrutor, o competente Sargento PM Ronaldo, possuía um forte incentivo para acelerar meu aprendizado: ele estava armado com uma pistola calibre .40.
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Direção Policial
Antes do início, conversei com o Sargento PM Vallilo, que explicou os elementos e objetivos da instrução de Direção Policial. (Semanas antes, acompanhei o Vallilo e sua equipe num dia de patrulha de ROTA. Leia aqui
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Para quem é desenhado esse curso?
O curso de Direção Policial é feito para todos Policiais de ROTA, todos devem ser especializados nestas técnicas, independente de serem motoristas ou não. Nosso objetivo é corrigir os vícios, e treinar o Policial para melhorar suas habilidades, dirigir com absoluta segurança e manter o controle total do veículo, especialmente em situações de emergência para evitar acidentes.
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Que tipo de exercícios são feitos?
O curso acontece em várias estações, cada uma desenhada para um tipo de manobra, conduzida por um instrutor. As ações executadas envolvem o correto posicionamento do condutor dentro do veículo, treinos de curvas, frenagem, arranque, aceleração, uso correto da embreagem, volante e troca de marchas, contorno de obstáculos e estacionamento. Todos estes exercícios são feitos em diferentes velocidades, tanto rodando para frente como em marcha à ré.
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O que se espera do Policial nesse curso?
As técnicas ensinadas acontecem em percursos demarcados por cones. O Policial deve executar as várias manobras o mais rápido que conseguir, sem derrubar nenhum desses cones. Todos exercícios exigem uma precisa avaliação de tempo e espaço pelo Policial. Por exemplo, numa das atividades o PM irá dirigir numa reta demarcada por cones que vão se afunilando, emendar numa série de curvas e finalizar estacionando num local bem apertado. Tudo isso feito em marcha à ré. O PM deverá encontrar os locais e momentos corretos para acionar o acelerador, embreagem e freio, girar o volante e trocar de marcha sem derrubar nenhum cone. São situações desenhadas para o Policial vivenciar, da forma mais realista possível, o que vai encontrar em suas missões.
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A chuva de hoje atrapalha?
Ao contrário, ela ajuda, na ROTA quanto pior melhor! O asfalto escorregadio é uma ótima oportunidade para usar esse fator inesperado, que faz parte do nosso dia-a-dia. O que vamos fazer é adaptar alguns elementos do treinamento para esse tipo de condição.
Instrução teórica dada pelo Sargento PM Oliveira
Antes do treinamento prático iniciar, os PMs Instrutores passam quase uma hora ensinando e demonstrando como o Policial deve ajustar o veículo ao seu corpo e quais são as posições e ações corretas do motorista, antes de movimentar o carro.
Você pode, e deve, usar todas essas recomendações para dirigir no seu dia-a-dia. Caso algum amigo seu, “entendido em carro” discorde de alguma das técnicas abaixo, peça para ele ir reclamar pessoalmente com dos Policiais Instrutores, lá no Quartel da ROTA.
1) Banco:
O primeiro passo é ajustar a distância do banco de forma que sua perna direita, totalmente esticada, consiga pisar e empurrar até o fundo o pedal da embreagem. Isso assegura que essa perna ficará levemente flexionada ao acionar os pedais de freio ou acelerador até o fim, aplicando a maior força possível quando necessário. Ao mesmo tempo, esta posição de flexão protege a perna que, se estiver esticada numa eventual colisão frontal, pode sofrer ferimentos graves no pé, joelho e bacia.
Se o seu banco possui ajuste de altura, prefira a posição elevada, para ter uma visão melhor da frente e laterais do carro. Evite que sua cabeça fique muito próxima do teto.
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2) Encosto do banco:
Apoie toda a superfície das suas costas, de maneira firme e confortável no encosto e estique seus braços para frente. Suas mãos, uma de cada lado, devem ultrapassar a parte externa do volante até a altura dos seus pulsos. Isso faz com que, ao segurar a direção na posição “quinze para às três” (posição que os ponteiros do relógio analógico formam quando faltam 15 minutos para às 3 horas), seus braços fiquem levemente flexionados, permitindo que você faça curvas de baixo angulo sem tirar as mãos do volante. Além disso, em caso de colisão frontal, se os seus braços estiverem esticados, as chances de fraturas e lesões nos pulsos, cotovelo e ombros são maiores.
Ao encontrar a posição correta assegure-se que o encosto não esteja demasiadamente inclinado para trás, já que isso reduz sua função primaria de apoio para as costas e o correto posicionamento do pescoço e cabeça.
3) Encosto de cabeça
: No caso de colisão traseira, o pescoço pode “chicotear”, ou seja, seu corpo irá para frente e sua cabeça pode ser arremessada para trás causando lesões graves na cervical. O encosto de cabeça existe para evitar que isso aconteça. Para ajustá-lo corretamente, posicione-o de forma que sua parte superior fique no mínimo na altura de seus olhos, e o mais próximo possível da sua cabeça, mas sem tocar nela quando você faz movimentos normais durante a condução do veículo.
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4) O quarto pedal
: Este é um elemento crítico de segurança, mas desconhecido pela maioria dos condutores. Muitos carros possuem um descanso para o pé esquerdo, que fica localizado do lado esquerdo do pedal da embreagem. Acontece que isso não é um descanso e sim um importante equipamento de segurança. Ao fazer uma curva brusca, seu corpo se desloca para o lado oposto, fazendo com que você instintivamente segure com força no volante para não escorregar no banco. Isso é um erro básico.
Quando o volante é usado como apoio, sua função de posicionar o carro na direção desejada é reduzida e o controle do veículo será perigosamente diminuído, justamente num dos piores momentos: durante uma curva.
Para evitar que isso ocorra, pise com força com seu pé esquerdo no quarto pedal. Você será empurrado para trás, sua bacia irá encaixar no banco e suas costas serão pressionadas contra o encosto, travando seu corpo e reduzindo bastante seus movimentos laterais. Dessa forma, durante uma curva, seu pé esquerdo é que será o responsável por segurar e encaixar seu corpo no banco, liberando seus braços para controlar o carro.
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5) Cinto de segurança
: Uma vez que banco e encosto estejam ajustados, é a hora de colocar o cinto de segurança. Esse movimento deve ser tão natural que o correto é você nem precisar perder tempo desviando o olhar para prender ou soltar o cinto. Exatamente como você faz para mudar a marcha, você não olha para a alavanca de cambio.
6) Espelhos
: Abra os espelhos laterais ao máximo, até o limite em que você ainda consiga ver as maçanetas das portas traseiras, sem precisar deslocar sua cabeça. Essa posição reduz bastante o tamanho do chamado “ponto cego”, a área que você não consegue observar fora dos espelhos. Já o retrovisor interno deve cobrir todo o vidro traseiro.
Instrução prática dada pelo Sargento PM Ronaldo
Após preparar a viatura, seguindo todas etapas acima, participei das manobras de treinamento, instruído pelo experiente Sargento PM Ronaldo. Já na primeira volta de reconhecimento derrubei vários cones, um deles se alojou em baixo do carro de forma tão sólida que foi necessário parar a viatura por alguns minutos e o esforço de dois PMs para retirá-lo.
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O Sargento PM Ronaldo teve bastante paciência e me passou várias dicas que fizeram toda diferença. Na terceira e quarta passagem, que fiz em velocidades mais altas, não derrubei nenhum cone. A aplicação das técnicas ensinadas para cortar vícios são eficazes e seus resultados imediatos. Abaixo estão algumas delas, que você também pode usar para conduzir seu carro com mais segurança.
1) Duas mãos no volante: Sempre
– As manobras desenvolvidas no curso exigem atenção e agilidade para simular situações de emergência. Logo na saída, fiquei preocupado em mudar as marchas com bastante rapidez e para isso mantive a mão direita sobre a alavanca de cambio. Resultado? Ao sair da primeira reta em velocidade e ter que fazer uma série de curvas fechadas derrubei vários cones.
Com apenas a mão esquerda no volante, toda vez que a curva era para a direita, ao girar o volante meu braço se esticava ao limite e eu não conseguia concluir o giro até o ponto que queria. Quando a curva era para a esquerda, meu cotovelo esquerdo dobrava ao máximo travando o movimento do braço, e novamente o volante não girava até o ponto desejado. Para corrigir essas duas situações, eu tirava a mão direita do cambio e a levava para o volante, mas não dava mais tempo. Cones derrubados. Muitos.
2) Palmas das mãos: Nunca
– Um vício comum que usei várias vezes foi o de girar o volante com as palmas das mãos. Dois erros cometidos ao mesmo tempo. Primeiro, esse movimento obriga o uso de apenas uma mão para girar o volante. Segundo, como você não segura o volante com os dedos fechados, é criada a condição perfeita para a mão escorregar e perder o contato com o volante durante uma curva. Esse problema é potencializado se a manobra for rápida e foi exatamente isso que aconteceu comigo. Nas múltiplas curvas em “S” achei que seria mais rápido girar o volante com a palma da mão, mas ela deu uma pequena escorregada e perdi o contato com a direção por um micro segundo. Foi o suficiente para acertar um cone, que na vida real poderia ser um pedestre.
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3) Na curva, mãos do lado externo do volante: Sempre
– Uma vez que aprendi a manter as duas mãos no volante durante as curvas, cometi outro erro perigoso: virar a palma da mão para cima e segurar a parte superior do volante pelo seu lado interno para iniciar uma curva. Novamente um erro duplo. Primeiro essa movimentação de torção do punho não é natural e é demorada. Segundo, em caso de colisão, existe a possibilidade das rodas baterem em algum obstáculo fazendo com que o volante gire bruscamente de forma involuntária, o que é conhecido como “chicote”. Com a mão invertida, segurando o volante por dentro, as chances de lesões no punho e do braço ser atingido pelo raio do volante são altas. Em situações normais ou de emergência, com calma ou rapidez, só existe uma maneira correta de girar o volante. Veja o passo a passo, caso a curva for para a direita:
a) Com as duas mãos no volante na posição “quinze para às três” faça o giro até seu braço esquerdo estar quase esticado e seu braço direito mais dobrado que na posição normal.
b) Nesse ponto solte a mão direita, passe-a sobre a mão esquerda, volte a segurar o volante com a mão direita e continue a curva para a direita.
c) Solte a mão esquerda, passe-a por baixo da direita, segure novamente o volante com a mão esquerda e continue a curva para a direita.
d) Faça os movimentos dos passos b) e c) de forma fluida, rápida e ininterrupta, repetindo-os até terminar a curva.
A descrição acima parece complicada, mas sua execução é muito simples. Em poucos minutos de prática, essa sequencia fica natural. Seus resultados, do ponto de vista de controle do veículo, segurança e de cones não derrubados são tão evidentes que você passará a adotar essa técnica de forma instintiva.
4) Pé no pedal da embreagem: Nunca
– Como eu queria estar imediatamente preparado para mudar as marchas, deixei meu pé esquerdo perto ou levemente encostado no pedal da embreagem. Errado. Em todas as curvas rápidas que eu fazia, meu corpo era jogado para os lados, o controle da viatura diminuía e os cones sofriam.
O lugar correto do pé esquerdo é no quarto pedal para encaixar e fixar seu corpo no banco. Além disso, quando o pé fica encostado da embreagem, quase que automaticamente sua mão direita “fica com vontade” de sar do volante e descansar na alavanca do cambio. O corpo fica solto e o volante acionado por apenas uma mão, tudo errado!
O Sargento PM Ronaldo insistiu várias vezes: “Mudou de marcha, coloque o pé esquerdo no quarto pedal e a mão direita no volante”. Ao me acostumar a fazer isso, os cones ficaram na vertical.
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5) Marcha à ré
– Se a manobra de ré for brusca e precisar ser feita com muita rapidez, o quarto pedal volta a ser um elemento crítico. Fazendo pressão com seu pé esquerdo no quarto pedal e segurando o volante com firmeza com sua mão esquerda, levante seu corpo e gire-o para a direita o máximo que conseguir. Leve seu braço direito para a direita, para permitir um giro ainda maior do seu corpo e cabeça, e use-o para se apoiar (no encosto do banco do passageiro p.ex.). Esqueça da existência da alavanca de cambio e do pedal da embreagem durante a execução da manobra de ré.
6) Momento do início da curva: de frente e de ré
– Outros dois erros comuns é perder o momento do inicio da curva e iniciá-la em alta velocidade. Quando o veículo se desloca para frente, a tendência é de antecipar o momento de girar o volante, isso fica muito claro nos exercícios com os cones. Quando entrei na curva e a frente do carro passou pelos dois cones (um de cada lado do carro) eu virei o volante para a direita, mas esqueci de todo resto do carro. A frente realmente passou pelos dois cones, mas o lado direito da traseira acertou e derrubou o cone da direita. Quando o carro se desloca para frente, e você vai fazer uma curva apertada em velocidade, espere a roda de trás entrar na curva (ou chegar no cone) para só então girar o volante rapidamente. Esse problema de antecipação da curva piora se você iniciá-la já em alta velocidade: as chances de errar o trajeto desejado aumentam muito. Mesmo numa situação de emergência, se você precisar fazer a curva em velocidade mais elevada, começe mais devagar e saia mais rápido. Esse movimento progressivo dá mais mais contrôle e e resulta numa curva mais rápida e segura.
O exercício de ré foi um pouco diferente. Enquanto nas curvas para frente o carro passava por um percurso feito por uma serie de dois cones, nessa fase de ré, os cones foram alinhados em fila única de forma que a viatura fizesse uma serie de curvas em “S”, passando um cone pela direita, o próximo pela esquerda e assim sucessivamente.
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Na marcha à ré o lógica é outra. Quando as rodas traseiras passaram o primeiro cone, esperei as dianteiras também passarem para iniciar a curva. O resultado foi iniciar a curva muito tarde, fazendo com que eu perdesse o segundo cone e na correção derrubasse o terceiro. No deslocamento para trás, o início do giro do volante deve ser feito quando a roda traseira passa pelo cone. Novamente, isso parece difícil, mas após duas ou três passadas, você percebe que funciona e a manobra fica intuitiva.
Veja abaixo o vídeo, de parte do curso, com instrução do Sargento PM Ronaldo:
Profissionalismo e amizade
Após o termino do curso, aprendi algumas técnicas novas de pilotagem que seguramente vou usar para dirigir de forma mais segura no meu dia-a-dia, mas os dois aprendizados mais intensos que levo, após interagir por um dia inteiro com estes Policias são: 1) A seriedade e profissionalismo que esses homens usam para desempenhar sua função de defender a sociedade de forma legalista e 2) A maneira amistosa com que fui recebido e tratado por esses PMs de ROTA. Em alguns momentos cheguei a me sentir parte da tropa. O trabalho que esses Policiais fazem é sério, bem executado e deve ser respeitado e reconhecido pela sociedade.