Eike Batista quer voltar aos negócios: ‘Hoje sou radioativo’

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Bilionário de novo?

“Fui campeão brasileiro de offshore [corrida de lancha], campeão americano e campeão mundial. Ganhei tudo que podia ganhar no esporte de corrida de lancha. E, como um atleta esportivo, você nunca fala que quer ser o número dois, você quer ser o número um. Foi nesse contexto que se colocou que o Eike queria ser o cara mais rico do mundo. Para mim, ser rico é ser capaz de criar de novo. Tenho muito orgulho de ter criado esses ativos que hoje beneficiam o Brasil como um todo, geram impostos. Fora as multinacionais, a Petrobras, os gigantes, a JBS também é um grande grupo, me diga outro que investiu tanto em projetos tão transformadores no Brasil?”

“Eu tenho minha casa onde eu moro, no Rio, que é um bem de família, de que eu tenho o usufruto, mas é uma propriedade das crianças. Mas eu não viajo mais, não tenho mais avião a jato, nada disso. Uso um avião normal [avião de carreira]. A Lamborghini foi um presente do meu filho. Eu nem gosto muito desse carro. Você sabe o que eu tinha na minha sala? Eu tinha uma Mercedes McLaren. Quando jovem eu tinha um sonho pela beleza desse carro. E aí eu botei na minha sala. Na época, a ideia era muito mais de mostrar para o jovem empreendedor brasileiro que, se você gera a sua riqueza honestamente com o seu negócio, por que você não pode ser como um cantor sertanejo ou jogador de futebol? Precisa mostrar a sua riqueza. A Lamborghini que você está falando foi um presente que meu filho quis me dar, mas ele é que gostava do carro. Para mim é só mais um carro.”

“Eu tenho as coisas que tenho na minha casa. Mas mesmo isso, quando a Polícia Federal foi na sua casa, tudo é expropriado. O processo é medieval do jeito que era feito. Na segunda prisão, eles foram na casa de um dos meus filhos que nunca trabalhou comigo, nunca teve nada a ver comigo. [Olin Batista, o caçula de seu casamento com Luma de Oliveira, que atua como DJ.] E aí, quando afeta a família, você entra num outro nível de estresse. Aí, tudo fica muito confuso. Quando afeta a sua família, afeta a gente de uma maneira diferenciada.”

Aprendizados

“No fundo, um grupo como o meu só quebra quando isso acontece de dentro para fora. Aprendi que tenho que ter mais controle. Apesar de minhas empresas serem todas listadas na Bolsa, ter a governança do novo mercado. Um grande aprendizado é que a governança e o compliance têm que ser muito mais rígidos. Até, eventualmente, filmar reuniões onde tem diretores que compram ou têm um orçamento. Se você vê um pouquinho a história das Lojas Americanas, teve um grupo de executivos que fez algo assim, que você não tem o que fazer. O caso das Lojas Americanas é recente e eu sinto pena dos investidores, dos donos. Então, as diferentes auditorias falharam. Falharam comigo também.”





Fonte: Externa

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