Dois universitários judeus entraram com uma ação federal, nesta quinta-feira (7), contra o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), uma renomada instituição americana, sob acusação de permitir práticas antissemitas no campus, que resultaram em intimidações, assédios e agressões.
No processo, os estudantes e uma organização sem fins lucrativos que combate o antissemitismo afirmaram que a universidade tolera a discriminação e o assédio contra alunos e professores judeus, sem que haja ações punitivas.
“Como resultado do desrespeito flagrante e intencional do MIT por suas obrigações legais e contratuais para com os seus alunos, os demandantes e outros estudantes sofreram pessoais e educacionais”, diz um trecho da ação judicial. “Estudantes judeus e israelenses do MIT se sentiram inseguros ao assistir às aulas, em alguns casos adiaram datas de formatura ou exames e alguns professores até deixaram a universidade”.
Em comunicado, o MIT não disse que a universidade normalmente não comenta litígios pendentes.
Entre os pedidos do processo estão a proibição por parte da administração de “estabelecer, implementar, instituir, manter ou executar políticas, práticas ou protocolos que penalizem ou discriminem estudantes judeus”. Também exige que o MIT tome medidas preventivas, incluindo despedir funcionários e expulsar estudantes que se envolvam em comportamento antissemita.
Outra solicitação dos estudantes é a comunicação clara à comunidade escolar de que a instituição irá “condenar, investigar e punir qualquer conduta que assedie membros da comunidade judaica, ou outras pessoas com base na sua origem étnica ou ancestral”.
Esse é o mais recente processo judicial enfrentado por universidades americanas de elite, desde o início da guerra do Oriente Médio entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Ações legais semelhantes movidas depois do 7 de outubro foram observadas na Universidade de Columbia, na Universidade de Nova York, na Universidade de Harvard e na Universidade da Pensilvânia.