Cientistas afirmam que existe um alerta há pelo menos 15 anos para um efeito dominó na extinção de rãs que começou nas décadas de 1970 a 1980 em Bangladesh e na Índia, na época os principais fornecedores do mercado europeu.
A extinção de rãs, segundo o grupo, estaria promovendo o aumento de pragas de insetos, incluindo os que transmitem doenças aos humanos, como a malária.
Assim, a carta cita preocupação com as espécies de rãs nativas de outros países. “Um estudo recente alertou que as populações de rãs colhidas na Turquia para comércio serão provavelmente extintas até 2032 se os atuais níveis de exportação forem mantidos. Portanto, são urgentemente necessárias restrições mais rigorosas à captura e ao comércio”, diz trecho.
O grupo também acredita que a França é o país que tem uma maior responsabilidade para tomar uma ação sobre a questão pelo alto consumo do tipo de carne.
As populações de rãs nativas de França e da União Europeia estão protegidas contra a exploração comercial. A União Europeia não deveria mais permitir a exploração excessiva de espécies e populações de rãs nos principais países fornecedores, não só por ameaçarem as espécies, como também os seus respectivos ecossistemas e suas funções para os seres humanos.
Trecho da carta
Protesto antecedeu carta
Ativistas da PETA Ásia protestaram na Indonésia em dezembro do ano passado. A ONG de defesa dos direitos dos animais classificou a situação de exportação das rãs para a União Europeia como uma “realidade perturbadora”. “Quase 322 toneladas de pernas de rã foram enviadas da Indonésia para a UE entre março e maio de 2023 e vendidas em lojas”, diz ONG.