Lula mandou interlocutor avisar Silvio Almeida sobre veto a celebrações a 60 anos do golpe de 1964 | Política

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Partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ordem para que o governo não fizesse nenhuma menção, solenidade ou evento para relembrar os 60 anos do golpe militar de 1964. Segundo apurou o Valor, o presidente pediu a um interlocutor que telefonasse ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, para informar sobre o veto.

O prenunciado silêncio do governo petista sobre o golpe de 1964 vem incomodando a militância. O PT surgiu como um movimento de trabalhadores encabeçado por Lula após as greves de metalúrgicos do ABC no fim da década de 1970. Lula chegou a ser preso por conta de greves que liderou. A ex-presidente Dilma Rousseff, que participou da luta armada contra o regime, foi torturada nos porões da ditadura em São Paulo e em Minas Gerais, na década de 1970.

Durante o governo Dilma, em 2011, foi criada a Comissão Nacional da Verdade para estabelecer responsabilidades sobre as violações de direitos humanos durante a ditadura. A medida gerou insatisfação nos meios militares e azedou a relação entre a caserna e o PT.

Lula, dizem interlocutores, considera que o momento é de “virar a página” e estabelecer um novo relacionamento com os fardados.

As Forças Armadas, por sua vez, não devem produzir nenhuma Ordem do Dia ou realizar celebrações para comemorar os 60 anos do que muitos militares consideram ter sido uma “revolução”, não um golpe.

Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida — Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Fonte: Externa

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