Metade das mulheres vítimas de homicídio morreram por arma de fogo

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Arma de fogo

Brett Hondow / Pixabay

Arma de fogo

Uma a cada duas mulheres que foram assassinadas no Brasil em 2022 foi vítima de arma de fogo, segundo um estudo do Instituto Sou da Paz. O relatório aponta ainda que o crime, na maioria dos casos, tem como autor uma pessoa próxima da vítima, sendo 28% parceiros íntimos, 9% amigos ou conhecidos e 6% familiares.

De acordo com o estudo, 60% das mortes são de mulheres entre 20 e 39 anos. Ainda, sete de cada dez mulheres assassinadas no Brasil são negras.

O instituto mostra também que, em 2022, 52% dos casos de violência que envolvem armas de fogo estavam relacionadas a agressões físicas, 22% psicológica e 15% sexual.

As armas provocaram a morte de 2.200 mulheres a cada ano no Brasil, equivalendo a 6 mortes por dia. O maior número de homicídios aconteceu em 2017, quando 4.928 mulheres foram assassinadas.

Desde então, os homicídios de mulheres têm diminuído a cada ano. Em 2021, por exemplo, 3.844 morreram, em 2022, 3.788.

Já quando a mulher é ferida (violência armada não letal) foram 3.793 casos em 2022, o que mostra um aumento em relação aos 3.304 casos do ano de 2021.

As regiões Nordeste e Norte têm as maiores taxas de homicídios femininos por arma de fogo, com taxas de mortes de 3 e 2,6 a cada 100 mil habitantes. Os estados do que apresentam as piores taxas são: Ceará (4,3), Rondônia (3,9) e Bahia (3,6). O Sudeste tem a taxa mais baixa, de 0,8, seguida de Centro-Oeste (1,7) e Sul (2).

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