As políticas econômicas da vice-presidente Kamala Harris provaram ser muito mais populares do que os planos do candidato republicano Donald Trump entre os eleitores dos Estados Unidos, mostrou nesta segunda-feira (30) uma nova Pesquisa Harris conduzida para o jornal “The Guardian”.
Quatro das cinco propostas mais populares vieram da campanha da candidata democrata. A medida mais popular foi uma proibição federal sobre a manipulação de preços de alimentos e mantimentos – uma proposta democrata. Quase metade (44%) dos entrevistados concordou que isso fortaleceria a economia.
A proposta de controle de preços de Kamala foi desenhada para ajudar a resolver a principal questão econômica dos entrevistados: o custo de vida. A maioria dos entrevistados (66%) indicou que o custo de vida era uma de suas maiores preocupações econômicas no momento.
Outras propostas da vice-presidente que os eleitores gostaram incluíam a expansão do crédito tributário infantil (33%) e isenções fiscais selecionadas para novos pequenos negócios (33%). A única proposta de Trump a entrar no top 5 foi sua proposta de reduzir os impostos sobre os benefícios da seguridade social (42%).
Além disso, eleitores independentes, um grupo chave nesta eleição, parecem favorecer as políticas de Kamala em relação às de Trump. Quatro das cinco principais políticas selecionadas pelos independentes são da campanha democrata.
As políticas de Trump continuam sendo populares com sua base: quando perguntados sobre sua proposta de deportação em massa de milhões de migrantes, 43% dos republicanos disseram que seria bom para a economia, em comparação com 24% dos independentes e 15% dos democratas.
No entanto, os americanos ainda parecem desanimados em relação à economia – um sentimento negativo que persiste desde que a Harris/ Guardian perguntaram aos eleitores sobre a economia pela primeira vez em setembro passado, e novamente em maio.
Desde a última pesquisa em maio, a economia melhorou em várias métricas-chave. A inflação caiu para 2,5% em agosto, o menor nível desde 2021, e vem diminuindo nos últimos cinco meses. Mas os eleitores americanos continuam pessimistas
Quando perguntados como se sentiam sobre a economia dos EUA agora, em comparação com o início do verão, 35% dos entrevistados disseram que estavam mais pessimistas, enquanto 29% se sentiam mais otimistas. Quase três quartos (73%) dos entrevistados disseram não sentir nenhum efeito positivo das boas notícias econômicas atuais.
A maioria dos americanos (61%) acredita que a inflação está aumentando, quando na verdade caiu significativamente desde seu pico em 2022. E quase metade dos entrevistados, 49%, disse acreditar que a economia dos EUA está em recessão, mesmo não estando.