Confira 5 sintomas que nenhuma mulher deve ignorar depois dos 40 anos

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O corpo das mulheres passa por muitas mudanças na menopausa e nos anos que a antecedem, conhecidos como perimenopausa. Essa etapa natural do processo de envelhecimento marca o fim dos anos reprodutivos. Nesse período, os ovários da mulher param de produzir óvulos e há um declínio nos hormônios sexuais femininos – o estrogênio e a progesterona.

Embora essa mudança seja uma parte perfeitamente normal do envelhecimento, a perda desses hormônios pode ter um impacto sistêmico na saúde, especialmente na cardiovascular. O estrogênio tem um benefício protetor para o coração, e sua perda pode afetar alguns dos fatores de risco específicos, como colesterol alto, pressão alta e ganho de peso.

As doenças cardíacas são a principal causa de morte em mulheres, e o risco aumenta à medida que elas envelhecem. Portanto, é importante estar ciente dos sinais de alerta que podem indicar risco atual ou futuro de ataque cardíaco e derrame. Para reduzir o risco de ambos, também é necessário confiar em seus instintos.

Sintomas depressivos e dor de cabeça estão entre os incômodos que as mulheres não devem ignorar. Foto: StockPhotoPro/Adobe Stock

“O mais importante, além dos sinais, é a consciência absoluta de seus problemas médicos e atividades diárias”, diz Stacey Rosen, diretora-executiva do Instituto Katz de Northwell para a Saúde da Mulher. “Saber o que você é capaz de fazer, para que, quando alguma coisa parecer diferente – em qualquer parte do peito, na barriga, no movimento das costas, no sorriso – você aja de acordo com o problema e não o ignore”.

Além disso, é importante conhecer o histórico de saúde de sua família, pois pesquisas sugerem que as mulheres têm um risco elevado de doença cardíaca se uma parente próxima – como a mãe ou uma irmã – teve doença cardíaca antes dos 65 anos.

Conhecimento é poder. Aqui estão cinco sintomas que toda mulher com mais de 40 anos deve levar a sério.

1. Fadiga crônica

A vida é exaustiva, especialmente para as muitas mulheres que tentam equilibrar a criação dos filhos, a carreira e outras responsabilidades. Mas há uma diferença entre a exaustão normal e o tipo que talvez indique um problema de saúde mais sério.

Pesquisas revelam que, nas semanas que antecedem um ataque cardíaco, o sintoma mais frequente para as mulheres é uma fadiga incomum. Em um estudo, 70% das mulheres que sofreram um ataque cardíaco relataram esse sintoma.

“É uma fadiga significativa, que realmente parece diferente do simples cansaço do final de um dia cheio”, descreve Stacey.

É importante levar a sério a exaustão inexplicável. Se os sintomas não desaparecerem depois de você passar mais tempo dormindo e descansando, entre em contato com seu médico, que poderá fazer outros exames.

2. Ondas de calor

O rubor e a sudorese repentinos e intensos na parte superior do corpo – especialmente no rosto, no pescoço e no peito – são uma experiência normal e frequente para mulheres que estão se aproximando da menopausa ou na menopausa. Entretanto, ondas de calor excessivas e graves podem indicar que tem alguma coisa errada.

Pesquisas recentes sugerem que as mulheres que apresentam ondas de calor moderadas a graves e suores noturnos têm três vezes mais probabilidade de desenvolver doenças cardíacas e doença hepática gordurosa não alcoólica do que aquelas que apresentam ondas de calor menos severas. O estudo, que envolveu 106 mulheres na peri e pós-menopausa e foi apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Endocrinologia, em maio, indica que as mulheres devem automonitorar seus sintomas vasomotores e consultar um médico se eles ficarem frequentes e interferirem significativamente nas atividades diárias.

“A agência sanitária americana tem uma definição que eles usam para estudos sobre ondas de calor, mas acho que essa definição também faz sentido do ponto de vista clínico”, analisa JoAnn Pinkerton, professora de obstetrícia e ginecologia e diretora de saúde da meia-idade da University of Virginia Health. “As ondas de calor moderadas estão associadas à sudorese, e as ondas mais graves impedem que você funcione bem, seja obrigando você a fazer uma pausa no meio de uma apresentação ou acordando você no meio da noite”.

Ela diz que os ensaios clínicos tendem a admitir mulheres que apresentam sete ou mais ondas de calor por dia, e essa é uma boa medida para saber quando discutir os sintomas com um médico e pensar em opções de tratamento.

3. Depressão

É bem sabido que nossa saúde emocional está intrinsecamente ligada à nossa saúde física. Portanto, não é de se surpreender que as pesquisas tenham constatado que as mulheres com depressão têm um risco maior de doenças cardiovasculares mais tarde na vida em comparação com os homens.

Em um estudo realizado no Japão, pesquisadores analisaram registros de bancos de dados de mais de 4 milhões de queixas médicas de pacientes que atendiam aos critérios de depressão. A idade média era de 44 anos. Eles descobriram que a taxa de ataque cardíaco, insuficiência cardíaca, derrame e dor no peito era maior em mulheres do que em homens diagnosticados com depressão.

“Se há um quadro de depressão, ela precisa ser abordada e tratada adequadamente, seja com terapia ou com terapia combinada com medicação antidepressiva, com ou sem hormônios, dependendo da fase da menopausa”, diz JoAnn.

Toda mulher, independentemente da idade, deve conversar com um médico se apresentar mudanças significativas de humor, choro frequente ou pensamentos suicidas. JoAnn recomenda começar com uma triagem básica para depressão por meio de um médico de cuidados primários, que então poderá orientar as próximas etapas.

4. Falta de ar crônica

Quando as pessoas imaginam ataques cardíacos, geralmente pensam nos filmes de Hollywood, com o ator caindo no chão com a mão no peito. Mas, nas mulheres, os ataques cardíacos se apresentam de forma diferente e, em sua maioria, não têm esse drama cinematográfico. Eles também tendem a desenrolar por várias semanas.

As mulheres geralmente não sabem disso e muitas vezes ignoram sinais sutis, especialmente a falta de ar. É fácil confundir a falta de ar com uma doença viral comum porque, como um sinal de ataque cardíaco, ela geralmente vem junto com outros sintomas, como náusea e fadiga. Os especialistas dizem que as mulheres devem procurar atendimento médico se a falta de ar for inexplicável ou repentina.

“Gosto de dizer às pessoas que tenham uma noção de como se sentem quando sobem um lance de escadas ou dão uma volta no quarteirão”, orienta Stacey. “Qualquer mudança em como você sente sua respiração pode ser preocupante. Se você nunca teve asma, mas tem vários fatores de risco para doenças cardíacas, precisa prestar cada vez mais atenção ao risco de esse sintoma estar relacionado ao seu coração”.

Depois da fadiga e dos problemas de sono, a falta de ar é o sinal de alerta de ataque cardíaco mais comum em mulheres. Em um estudo com 515 mulheres de 29 a 97 anos que sofreram ataques cardíacos, a falta de ar ocorreu em mais de 40% dos casos.

Não há mal nenhum em consultar um médico, só para você ficar mais tranquila.

5. Enxaqueca

Pesquisas sugerem que as enxaquecas são três vezes mais comuns em mulheres do que em homens. Elas podem ser incapacitantes, portanto, não é de surpreender que sejam a quarta principal causa de incapacidade em mulheres.

As enxaquecas em mulheres de meia-idade têm a ver sobretudo com os níveis hormonais: a perimenopausa causa um declínio no estrogênio, o que desencadeia esses tipos muito específicos de dores de cabeça na perimenopausa e na menopausa. As enxaquecas também podem estar relacionadas a fatores como estresse, dieta, ansiedade, depressão e problemas de sono.

Um dos desafios é que os sintomas do derrame em mulheres se sobrepõem aos da enxaqueca. Por exemplo, tanto a enxaqueca grave quanto o derrame podem causar alterações na visão e tontura. Outros sintomas que se sobrepõem são desorientação, dormência e formigamento. Além disso, estudos revelam que a enxaqueca pode dobrar o risco de derrame.

Se esta é a primeira vez que você está sentindo algum desses sintomas, é sempre melhor procurar atendimento imediato. Esses sintomas são uma emergência até que o médico diga o contrário.

Mesmo que suas enxaquecas não estejam relacionadas a um problema de saúde mais sério e insidioso, ainda há tratamentos disponíveis que podem preveni-las e aliviá-las. Em caso de dúvida, é melhor discutir quaisquer novos sintomas neurológicos com um médico. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

Fonte: Externa

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